quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ASPECTOS ERGONÔMICOS QUE CAUSAM ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO DE CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA - Parte 2 Ergonomia

Ergonomia – do grego Ergon (trabalho) e Nomes (Lei) - é o estudo científico da relação entre trabalhador e o ambiente de trabalho, procurando adequá-los para um trabalho confortável e seguro.
O termo ambiente abrange não apenas o local em que o homem trabalha, mas também os instrumentos, os métodos e a organização do trabalho. Em relação a tudo isto está ainda a natureza do próprio homem, o que inclui suas habilidades e capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas.
A ergonomia focaliza um sistema formado por um complexo relacionamento de componentes que interagem entre si. O centro desse sistema é o homem com suas características físicas, fisiológicas e psicológicas, interagindo com a máquina (toda a ajuda material que o homem utiliza no seu trabalho, englobando equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações), o ambiente (temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros), a informação (comunicação que existe entre os elementos de um sistema), a organização do trabalho (horários, turnos de trabalho e formação de equipes) e as conseqüências do trabalho (inspeção de tarefas, estudo dos erros e acidentes e o gasto energético como a fadiga e o estresse).
Numa definição mais operacional, a ergonomia visa a qualidade de vida no trabalho, analisa a atividade real - ou seja, quem, o que, para que e como se faz - descobre os pontos críticos e as inadequações do trabalho e propõe as mudanças necessárias para as correções, agindo em três vias:
a) Aperfeiçoamento do sistema homem-máquina, que pode ocorrer tanto na fase de escolha da máquina, equipamentos e postos de trabalho, como na introdução de modificações nas já utilizadas, adaptando-as aos trabalhadores.
b) Organização do trabalho, reduzindo a fadiga e a monotonia do trabalho, especialmente pela eliminação das atividades repetidas, dos ritmos mecânicos impostos no serviço e da falta de motivação provocada pela pouca participação do trabalhador nas decisões sobre seu próprio serviço.
c) Melhoria das condições de trabalho, realizada pela análise das condições físicas do ambiente, como temperatura, ruído, vibração, gases tóxicos, iluminação e outros.
Vale ressaltar que as correções e adaptações são sempre feitas do trabalho para o trabalhador, tomando como base a visão dos trabalhadores sobre seu próprio trabalho, condições de execução, dificuldades, queixas e problemas verbalizados.
No Brasil, o assunto é regulamentado pela NR 17, que estabelece os parâmetros para a “adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente” e define quais aspectos devem ser considerados em um estudo ergonômico.

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