Doença já é a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil
Pode-se considerar que um produto ou um serviço é de qualidade se satisfaz não
apenas as exigências do consumidor, mas, também, as suas expectativas. Mas não basta que a utilização do produto ou do serviço seja segura. É importante que a produção em si seja executada com segurança – e com qualidade. Afinal, se as instalações, máquinas, dispositivos, equipamentos, mobiliário, disposições de espaço, organização do trabalho, ambiente, motivação, entre muitos outros fatores, não tiverem qualidade, certamente que a fabricação não será feita em condições de segurança.
A integração responsável e consciente desses conceitos na gestão empresarial irá permitir o desenvolvimento econômico, a criação de postos de trabalho e a melhoria da rentabilidade das empresas. No mundo industrializado, as preocupações com a segurança e qualidade industrial assumem preocupação crescente, exercendo fortes pressões para com os detentores de risco (a indústria),exigindo controles cada vez mais especializados.
Nesse contexto é que entra uma ocorrência muito conhecida – e que merece a atenção dos profissionais de saúde. Tratam-se dos chamados Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, conhecidos pela sigla Dort. Novo nome da antiga Lesão por Esforço Repetitivo, a LER, essa síndrome é relatada desde 1700 quando Ramazzine – o pai da medicina do trabalho – a descreve como ”doença dos escribas”. Mais tarde, aparece como “doença dos tecelões”, em 1920, ou ainda “doença das lavadeiras”, em 1965.
O problema se amplia a partir de 1980, quando a doença, que atinge várias profissões que envolvem movimento repetitivo ou grande imobilização postural, torna-se um fenômeno mundial, devido à grande evolução do trabalho humano e o aumento do ritmo na vida diária. Segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil, somente nos últimos cinco anos foram abertas 532.434 CAT comunicação de acidente do trabalho) geradas pelas DORT/LER – sem contar as pessoas que pleiteiam na Justiça o reconhecimento do nexo causal, em milhares de ações movidas em todo o país. A cada 100 trabalhadores na Região Sudeste, por exemplo, um é portador de LER/DORT.
A única arma que temos para lidar com esse grave problema é a prevenção. Precisamos mudar, prevenir e evitar que o trabalhador se torne um lesionado. Agindo assim, as empresas economizarão, o trabalhador terá melhor qualidade de vida laborativa e o INSS não terá o número de pessoas que possui atualmente em auxílio previdenciário.
Fonte:Ação Ergonômica - Hospital Dona Helena disponível em http://f1.grp.yahoofs.com/v1/sMMUSkS6iPSoN8k3T3ImP9rguIoVXnm6ylxmRBJO32xNgsouyz55KV5-zJLFlfuJDPWZyxyEEQMJ1yFYJ94CuXZMjvv38U7X-7mia20/NR%2017%20%20-%20Ergonomia/Dort%20o%20rem%80%A0%A6%E9dio%20%80%A0%A6%E9%20a%20preven%80%A0%A6%E7%E3o.pdf
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