sexta-feira, 2 de outubro de 2009

POR QUE HÁ TANTAS PRECAUÇÕES COM RELAÇÃO AO USO DE EPI'S?

Os programas de saúde e segurança no trabalho são sempre deturpados pela crença de que, ao usar um EPI, o trabalhador estará totalmente protegido. Essa é uma falsa idéia de segurança. Princípios básicos de segurança, tais como limpeza e controles ambientais, não devem ser ignorados.
Os programas de saúde e segurança são designados para atender a critérios que são
apenas uma aproximação das reais condições de trabalho. Eles não devem ser usados
quando os riscos são maiores que aqueles para os quais o programa foi elaborado. Quando se trata da avaliação dos potenciais riscos, devem-se levar em conta também as incertezas.
Infelizmente, os critérios de elaboração de um programa de segurança não abrangem todas as eventualidades.
O uso de vários tipos de proteção ao mesmo tempo, como capacetes, protetores auriculares e óculos não deve aumentar o perigo ou diminuir a habilidade do trabalhador para desempenhar determinada função. O uso de EPIs não deve, em si, criar um risco maior. As luvas previnem lesões na pele ao se trabalhar com equipamentos em movimento, mas podem criar um risco de emaranhamento com uma furadeira ou um torno mecânico.
A maioria das agências reguladoras exige que os EPIs não sejam utilizados, a não ser que o empregador tenha tomado todas as medidas necessárias, em termos de controles de
engenharia, práticas de trabalho, controles administrativos e higiene, para controlar o risco.
Sendo o objetivo de um programa de saúde de segurança no trabalho prevenir lesões e
síndromes ocupacionais, os EPIs não podem ser a primeira opção de proteção. O uso de EPI não previne acidentes, não elimina o risco e não influencia em nenhum tipo de atividade de pré-contato. Ele apenas minimiza a exposição ou reduz a gravidade da lesão ou síndrome. O EPI é uma boa estratégia de controle de lesões de ponto de contato. No entanto, mesmo na sua melhor atuação, um EPI não pode garantir potencial de proteção total sem o conhecimento e a cooperação do trabalhador. Na prática, os EPIs somente devem ser utilizados como última linha de defesa.

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