Você certamente
já ouviu sobre Efeito Estufa e Aquecimento Global. Mas sabe o que significa?
Efeito estufa,
a princípio, é o meio que o planeta usa para se manter aquecido, evitando que
haja dispersão de calor para o espaço e que a Terra congele.
O que pode se
tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que
desestabilize o equilíbrio energético no planeta e origine o Aquecimento
Global, ou seja, o excessivo aquecimento
do planeta como um todo, causando, entre outros, maior número de dias quentes e
ondas de calor, aumento da temperatura, diminuição do gelo nos Pólos, aumento
do nível do mar, maior quantidade e intensidade de tufões e furacões.
O efeito estufa
é provocado pela emissão de gases chamados Gases de Efeito Estufa, ou GEE,
sendo os principais: Dióxido de Carbono, Metano e Óxido Nitroso.
A crescente
preocupação dos cientistas quanto aos males provocados pelo aquecimento global
levou os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) a assinarem
um acordo, em 1997, em Kioto/ Japão - o Protocolo de Kioto - prevendo que os
países desenvolvidos integrantes do acordo deveriam reduzir suas emissões de
GEE em 5,2% em média entre 2008 e 2012.
Mas, como nada
é perfeito, além do maior emissor de GEE do planeta, e com maior meta de
diminuição (35,04%) - os Estados Unidos - ter se desligado do Protocolo de
Kioto, o acordo prevê alternativa para que os países atinjam suas metas sem comprometer
suas economias, ou seja, se mantenha “ambientalmente correto”, mesmo sem
reduzir a emissão de GEE.
Através do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, ou simplesmente Crédito de Carbono, os
países que não atingirem suas metas podem comprar Créditos de Carbono de países
que não possuem tal obrigação, como o Brasil e outros países em
desenvolvimento.
Traduzindo do
“cientifiques”, o país sem meta a cumprir quanto a GEE, ao reduzir a emissão
por meio de projetos aprovados por uma Autoridade Nacional Designada (AND) – no
caso do Brasil, a Comissão Interministerial de Mudança do Clima – e registrados
pela ONU, obtém certificados de Créditos de Carbono, de acordo com a redução
conquistada, e vende-os aos países que não atingiram suas metas de redução. Como
exemplos de iniciativas brasileiras
geradoras de crédito de carbono temos
uso de biodisel como combustível em substituição ao diesel, o uso do gás
emitido pelo Aterro Bandeirantes em São Paulo como fonte de energia e o plantio
de eucalipto pelo Projeto Plantar, em Minas Gerais para produção de carvão
vegetal em substituição ao coque (carvão mineral).
As grandes
potências mundiais arrumaram um meio de ficar “bem na foto” com a população que
exige mudanças urgentes em prol da sobrevivência do planeta, sem minorar suas
emissões de GEE ao patamar acordado por elas mesmas, aproveitando das medidas
tomadas por aqueles que, em verdade, não emitem tais gases em quantia comprometedora
à sobrevivência da humanidade.
É o comércio do
direito de poluir e destruir o planeta!
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