PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Fazendo um levantamento dos acidentes de trabalho ocorridos nos últimos 5 anos, constata-se que a empresa sofre anualmente um prejuízo médio de R$ 4.650.000,00 por ano, ou R$ 48.000,00 por acidente, incluindo reparo de equipamento, perda de produtividade (dada ao equipamento danificado, seu manuseio por profissional não acostumado com a máquina ou traumatizado pelo acidente do colega e, por isso, trabalhando com medo), indenizações, despesas processuais, treinamento de funcionário que ficará apenas temporariamente na empresa e ainda salário de empregado afastado por menos de 15 dias.
Para evitar tais prejuízos, se faz necessário implementaç o de uma política prevencionista, com: aquisiç o de EPC; uso adequado dos EPIs já existentes, para proteção direta e complementar aos EPCs, especialmente luvas, máscaras e outros protetores corporais; um trabalho de prevenção a ser feito com ajuda do SESMT e da Cipa; melhor sinalização das áreas de risco da empresa; além de mudança no turno de trabalho, que se prop e para 12h de trabalho por 36h de descanso.
Os Equipamentos de Proteç o Coletiva, como o nome já diz, protegerá coletivamente os empregados, dispensando ou minorizando o gasto com Equipamento Individual, que ficará restrito às emergências ou insuficiência/falha da proteção coletiva e, por isso, não pode ser dispensado, apesar da proteção em massa, pois significa um plus na prevenção, ou aumento na segurança.
A mudança no turno trará um funcionário mais descansado e menos stressado, gerando maior produtividade e atenção no trabalho, que, por sua vez, irá ocasionar a diminuição dos acidentes, aumentando os lucros direta e indiretamente, pelo aumento da produtividade e diminuição de prejuízo.
A sinalização facilitará a identificação das áreas mais perigosas e os riscos envolvidos, colaborando com a prevenção.
A empresa até hoje não aproveita satisfatoriamente o SESMT e a CIPA, "gastando a toa" com eles, e seu aproveitamento no trabalho de prevenção de acidente irá justificar a despesa obrigatória mensal, sem acarretar maior gasto, ao contrário, tal trabalho contribuirá para a diminuição dos prejuízos.
O gasto estimado para aquisição dos Equipamentos Coletivos e da Sinalização, é de R$ 9.270.000,00 (menos de dois anos de prejuizo que vem ocorrendo sistematicamente há pelo menos 05 anos) e a manutenção, em torno de R$ 50.000,00 mensais (menos de 2 acidentes pm, sendo que em média ocorrem mais que o dobro -8 pm).
Considerando que o valor da aquisição dos equipamentos e sinalização pode ser parcelado em até 60 vezes, conclui-se que a empresa, nos próximos cinco anos terá um gasto mensal com aquisição e manutençao em torno de R$ 204.500,00, depois caindo para a manutenção em torno de R$ 50.000,00, sendo que nos últimos 5 anos o gasto mensal médio com acidente de trabalho está computado em R$ 387.500.00.
Sem considerar o aumento de produtividade que o projeto trará "ad futurum", a empresa já soma uma vantagem de R$ 183.000,00 mensais, apenas com a diminuição nas perdas.
Os funcionários, por sua vez, perdem em qualidade de vida, stress, lesões permanentes (que os tiram da vida diária e diminuem a renda) e até óbito. Fazendo, então, um trabalho de conscientização sobre os riscos e prejuízos humanos sofridos, estimularizar-se-á o trabalho com segurança.
Para tal, a sinalização das áreas de risco com o perigo de cada uma, treinamento de prevenção e simulações de acidente, bem como palestras com ex-funcionários acidentados e/ou projeção de vídeos como o existente em http://www.youtube.com/watch?v=qeJTBtol1O8, são de grande valia para que o funcionário conheça o perigo a que está exposto, veja a importância da prevenção e queira dela fazer parte, em função da proteção de sua vida.
Neste trabalho, SESMT e CIPA, por saberem o que ocorre com cada funcionário, face ao contado direto e diário, aplicar o com segurança e aceitação o trabalho preventivo, fazendo treino e fiscalização de uso dos equipamentos e aplicando programas de saúde, tais como prevenção alcoolismo, toxicomania, falta de horas de sono apropriadas e outros que a gerência de segurança sentir necessidade no decorrer da rotina empresarial.
Por fim, faz-se necessário a colocaboração da diretoria da empresa, que deve entrar no projeto prevencionista como exemplo aos funcionários, participando dos treinamentos e usando o equipamento da maneira correta, pois os funcionários seguem exemplos de comportamento superior e, vendo o modo de agir preventivo de seus empregadores, passar o a agir assim também.
Este projeto é apenas uma síntese do necessário, com o objetivo de mostrar as vantagens que terá a empresa. Caso aprovado, então a gerência de risco recomendará exatamente quais equipamentos comprar e onde, sendo que os valores estimados est o dentro do valor de mercado e já prevê possível defasagem inflacionária nos próximos 30 (trinta) dias, tempo suficiente para encomenda dos produtos, com base em cálculo feito usando o preço atual e a inflação do ultimo período.