sexta-feira, 22 de maio de 2009

COMO SER EFICAZ NAS AÇÕES PREVENCIONISTAS DE DOENÇA DO TRABALHO

Prevenir é melhor que remediar, este ditado já é conhecido e comprovado a muito tempo, porém muitas empresas na ânsia de prevenir e dar qualidade de vida aos seus colaboradores atropelam alguns critérios importantes e por fim se vêem investindo muito dinheiro e obtendo pífios resultados.

A palavra prevenção, segundo o dicionário Aurélio, significa ato ou efeito de prevenir-se, ou seja, fazer ou ver antes; Pensando desta forma, qualquer intervenção preventiva ou prevencionista é aquela que tenta antever e realizar ações que evitem o que pode acontecer de prejudicial à saúde do colaborador, e é neste ponto que muitas se tornam ineficazes, sim sem o efeito esperado.

E como se faz?

Inicialmente qualquer empresa que queira realmente melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores, deve estar aberta a ouvir sua equipe, dar possibilidade do indivíduo com queixas expor suas súplicas sem o medo de ser perseguido daí por diante, fortalecendo desta forma uma relação de trabalho confiável e saudável; após abrir este importante canal de comunicação a empresa deverá fazer um levantamento criterioso dos problemas que acometem a equipe como um todo, visualizando sua real existência e verificando suas incidências. Uma vez realizado este reconhecimento da saúde geral dos trabalhadores, deve-se levantar os problemas mais comuns e fazer um estudo individualizado para descobrir de que forma estão ou não relacionados às rotinas de trabalho de cada um, sendo importante nesta fase o auxílio de profissionais preparados para esta compreensão.

Para um trabalho de prevenção eficaz, deve ser feito um bom estudo das condições de trabalho considerando fatores que em geral levam a problemas físicos, tais como: Fatores Biomecânicos (equipamento, repetitividade, força empregada nas tarefas, posturas inadequadas, vibração e compressão); Fatores Psicossociais (estresse no ambiente de trabalho, conflitos no relacionamento interpessoal); Fatores de Organização do Trabalho (ritmo acelerado, prêmios por produtividade, horas extras, trabalhos repetitivos ou monótonos e ausência de pausas); Fatores Ambientais (iluminação, ruído, temperatura, equipamentos inadequados e mobiliário sem especificações ergonômicas). A junção negativa de cada um destes fatores resulta numa péssima e desastrosa qualidade de vida do colaborador, levando a empresa a ter problemas sérios de saúde ocupacional.

Uma vez realizado todo este levantamento e analise, deve-se agir, como num jogo de xadrez, primeiro tentando eliminar os fatores de risco e caso isso não tenha sido possível, deve-se proteger os colaboradores dos riscos, muitas vezes adotando uso de EPIs mais adequados, orientações de forma de trabalho e fomentando este indivíduo de recursos de proteção direcionada, e por último, após todas estas ações deve-se investir num mecanismo de defesa e preparo para a função, adaptando todo o posto e o indivíduo.

Em geral deve-se fazer um profundo trabalho para anular os fatores já citados e somente após esta etapa investir em programas de atividades físicas que visam prevenir ou compensar esforços lesivos, pois um programa bem feito e aplicado na hora certa certamente coroa com grande êxito toda a intervenção prevencionista elevando e muito a qualidade de vida dos colaboradores, a produtividade da empresa como também sua imagem perante a comunidade e o mercado, atraindo bons funcionários e negócios.

Concluindo, a empresa que quiser estar com a melhor equipe, com bons índices de produtividade e com investimentos válidos nesta área deverá principiar-se por conhecer-se a si mesma entendendo todas as suas necessidades e por fim direcionar seus esforços seguindo critérios confiáveis e guiados por bons profissionais de saúde envolvidos em todo este processo.

Dr. Alison Alfred Klein - Fisioterapeuta do Trabalho CREFITO: 8 / 29.723-F
- Fisioterapeuta, graduado pela Universidade Tuiuti do Paraná - Único Brasileiro da Fisioterapia participante do Programa Intercampus/97, La Coruña - Espanha - Professor da Universidade do Contestado – UnC - Professor das FIES - Professor convidado do curso de Odontologia da UFPR - Especialista em Fisioterapia no Trabalho – CBES - Chefe do Serviço de Fisioterapia ambulatorial pediátrica do HUEC

Nenhum comentário: