sexta-feira, 1 de maio de 2009

EMPREENDEDORISMO ALÉM DO PRÓPRIO NEGÓCIO

O empreendedor é um profissional dotado de uma visão revolucionária, capaz de causar um verdadeiro "furacão" na sua vida profissional, pois está sempre em busca de resultados. Em outras palavras, ele não descansa enquanto não alcança seu objetivo, que muitas vezes é julgado, pelos olhos alheios, como impossível.
Porém, essa força que existe nos empreendedores não precisa, necessariamente, ser canalizada para o negócio próprio. Não é preciso abrir uma empresa para ser um empreendedor, já que as características desse profissional e aquelas que fazem dele um inovador e visionário são inatas e não dependem de um empreendimento em si para vigorarem. Pelo contrário: o intraempreendedor, como é chamado o profissional que investe sua capacidade empreendedora no mercado de trabalho, é visto como figura necessária nas empresas que têm, em sua cultura, a inovação e a visão futura.
A diferença entre esses profissionais é que, enquanto o que mantém o foco em abrir o próprio negócio arrisca seu capital, o intraempreendedor põe em jogo sua carreira e seu emprego, que são, em cada caso, o maior capital. Essa é a maior característica que os difere. Em outros pontos, ambos mantêm a mesma ousadia e persistência.
O intraempreendedor tem um objetivo comum com o dono da empresa em que trabalha: os dois se empenham ao máximo para alcançar o sucesso nos negócios. Podemos até dizer que, masi do que uma hierarquia de trabalho - em que o dono, detentor do capital e do empreendimento, comanda e estabelece as diretrizes a serem seguidas pelos funcionários - a relação do intraempreendedor com o presidente da empresa é uma parceria, em que são compartilhados tanto os riscos como o foco da empresa.
A hsitória do mundo corporativo nos mostra casos clássicos e de muito sucesso de empreendedores que canalizam essas habilidades para uma organização que já existe. Jack Welch, que fez carreira como CEO do General Eletric e se consagrou como o ícone entre os empreendedores, causou uma verdadeira revolução como executivo na empresa. Suas atitudes, nem sempre enloquentes, mudaram o valor de mercado da companhia de 14 bilhões para 410 bilhões de dólares. Isso nos mostra a incrivel capacidade que um intraempreendedor possui para modificar e melhorar a gestão dos processos já enraizados e que não são necessariamente sinônimos de resultados efetivos.
Vale lembrar que o caso acima ilustra apenas a valorização mensurável que Welch alcançou. Mesmo que o intraempreendedor não ocupe uma posição de destaque formal dentro da corporação, ele é capaz de mudar os hábitos e os costumes de trabalho das pessoas que o cercam. Para que consiga executar plenamente o seu lado empreendedor, mesmo sendo funcionário, acredito que alguns "mandamentos" são importantes e devem ser levados em conta:
. não tenha medo da demissão. Só assim terá liberdade suficiente para pôr em prática aquilo em que acredita.
. siga sua intuição, principalmente a respeito das pessoas que escolher para trabalhar com você. Escolha somente as melhores, mantenha-as ao seu redor e faça o que for necessário para ser uma delas.
. não se limite a fazer aquilo que seu chefe pede. Estude as reais necessidades da empresa e pense em maneiras de trazer soluções inteligentes e aplicáveis. Desse modo, as pessoas reconhecerão suas habilidades empreendedoras naturalmente.
. seja leal a suas metas mas realista quanto a maneira de atingi-las. Lembre-se: quanto maior o sonho, maior a glória em alcançá-lo, mas também, maior o tombo.

Fonte: Luiz Fernando Garcia, consultor especialista em manejo comportamental e empreendedorismo em negócios. Boletim CRCSP n. 170

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