quinta-feira, 4 de junho de 2009

SERÁ QUE DÁ TEMPO?

A MÁ ORGANIZAÇÃO GERALMENTE É A PRINCIPAL AMIGA DAS HORAS EXTRAS

Uma declaração feita por um espanhol professor de comunicação e sociologia e especialista em gestão de tempo, Vicente Romano, expõe que "na sociedade moderna as pessoas vivem uma relação deslocada com o tempo, ou seja, o tempo as domina". E quando isso acontee o estresse relacionado com o horário é um fenômeno típico das chamadas "sociedades avançadas", onde o trabalho traz cada vez mais a sensação de falta de tempo, isso, na visão do especialista, obriga que a precisão, coordenação e sincronização das atividades se tornem essenciais para garantir o sucesso profissional e a satisfação pessoal.
E já tem gente especializada em ensinar essas técnicas aos brasileiros. Sócio da Triad, Christian Barbosa, é um desses profissionais e afirma que a maioria das pessoas faz as coisas certas na hora errada ou gastam muito tempo com atividades desnecessárias, o que ocasiona falta de energia para cumprir as tarefas em tempo hábil. "As consequências de não saber equilibrar o tempo e as atividades a serem executadas são as horas a mais no trabalho, o estresse e a decepção por querer realizar muitas coisas e sentir-se mal por não ser capaz" analisa Barbosa.
Verificar a caixa de e-mail pessoal, acessar sites de fora, utilizar programas do tipo Instant Messenger, efetuar telefonemas particulares e bater papo com colega ao lado são hábitos que levam de 10% a 20% da produtividade do trabalhador. Essa estatística foi levantada pelo professor Newton Ferreira, psicólogo e especialista em recursos humanos, que aponta tais atitudes como as principais responsáveis pelo desperdício de tempo no ambiente corporativo.
"O tempo é um vilão para muitos", sintetiza Ferreira. E ele avalia que o fator mais importante para administrá-lo eficientemente é o foco, traçando metas diárias com fedinições do que é urgente, o que precisa ser acompanhado de perto e tudo aquilo que faz parte da agente convencional, como almoços de relacionamento.
O professor ainda considera que a rotina leva ao comodismo. "O mundo está em absoluta renovação, nos negócios e na vida; perder tempo é perder dinheiro, como diz o ditado. Menos resultados com menos tempo da vida", enfatiza. O especialista avalia que o mais correto seria educar-se ao tempo, estabelecendo metas. "Nada de desmarcar compromissos, dividir os objetivos por meio de estratégias e alternativas. Os projetos têm que acontecer em curto, médio e longo prazo. Se o resultado for bom é que o planejamento está adequado", finaliza.

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