quinta-feira, 4 de junho de 2009

CAPITAL HUMANO, O PATRIMÔNIO DAS EMPRESAS

CADA VEZ MAIS AS EMPRESAS PERCEBEM QUE IDENTIFICAR AS NECESSIDADES DOS COLABORADORES É TÃO OU MAIS IMPORTANTE DO QUE AS RECOMPENSAS FINANCEIRAS

Na contramão da taxa de desemprego, cada vez mais latente no Brasil e no mundo, estão as empresas que ainda não conseguem encontrar profissionais capazes de cumprir os requisitos necessários para as vagas oferecidas, seja no aspecto técnico ou comportamental. Diante deste cenário, cada vez mais os empresários têm a percepção do valor do capital humano, afinal, manter os funcionários que já estão alinhados com a rotina e a política da empresa é mais fácil e produtivo - quando não mais barato - do que realizar novas contratações.
A especialista em avaliação de equipe Fabiana Juarez, CCO & CMO (Chief Operating Officer e Chief Marketing Officer, respectivamente) da Quantum Assessment, assegura que identificar as necessidades dos colaboradores é tão ou mais importante do que as recompensas financeiras. Para ela, considerar as aptidões de cada profissional, avaliar suas qualidades e extrair dele o máximo de potencial, tanto na hora da contratação quanto no dia-a-dia, é fundamental na composição de valor da empresa.
Assim, para diagnosticar as reais necessidades do colaborador é preciso medir sua performance, seus trabalhos (aspectos técnicos) e seu perfil comportamental (aspectos subjetivos/comportamentais) e cruzar as informações. Quando a performance é boa, mas o comportamental não, recomenda-se o coaching (treinador comportamental). Se a performance está abaixo do esperado e o comportamento está adequado, será necessário treinar este profissional tecnicamente.
Enfim, cabe ao gestor possuir o talento para se conseguir o máximo de seus colaboradores. Fabiana explica que existem diversos tipos de gestores, cada qual com suas competências e dificuldades, e que muitos deles são culpados pelo subaproveitamento do potencial de seus profissioais. "Um gestor excessivamente centralizador, por exemplo, inibe o desenvolvimento e a criatividade da equipe, uma vez que trás para si toda a responsabilidade e, muitas vezes, todas as atividades", afirma a especialista, ressaltando que "se o lider não confia no time, também terá dificuldade de enxergar o que de melhor ele pode oferecer."
Para Fabiana, a falta de clareza na comunicação é outro fator que cotribui para esta situação, pois quando o profissional não sabe as expectativas que a organização tem dele, pode se tornar menos produtivo, ou então produzir o que não é o foco da empresa naquele mometo.
Fabiana lembra que campanhas que recompensem os bons resultados são importantes porque motivam e aumentam a produtividade. No entanto, a especialista adverte que o funionário é um ser humano integral e por isso o salário ou a recompensa financeira pode não ser o suficiente. "A sensação de que pode oferecer o seu melhor é algo muito compensador para o colaborador. Para isso, é fundamental a empresa exergar suas expectativas profissionais e pessoais", afirma.
Embora evitar os erros mencionados seja de extrema importância, a especialista garante que não existe um modelo no qual o gestor deve alinhar suas estratégias, já que cada caso é único. "As formas limitam as pessoas", diz Fabiana. "Porém, existem elementos que são realmente importantes como conhecer-se. O gestor precisa saber quais são as suas principais competências e deficiências, conhecer seus colaboradores, ter foco, e ajudar a equipe em busca do objetivo final", complementa a especialista.
No entanto, isto não significa que observar as boas práticas do mercado não seja importate. De acordo com Fabiana, as organizações brasileiras cada vez mais vislumbram a importância de cuidar do capital humano e esse perfil não é exclusivo das grandes corporações. As pequenas e médias também se enquadram nele. "O crescimento do RH como uma área estratégica é mais um sinal de que o potencial das pessoas está sendo percebido como um recurso fundamental para o sucesso de uma organização", finaliza Fabiana.

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