sexta-feira, 25 de setembro de 2009

EXPLOSÃO DE LOJA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO EM SANTO ANDRÉ

A explosão de uma loja e depósito de fogos de artifício na rua Américo Guazelli, em Santo André (região do ABC, na Grande São Paulo), foi sentida a quilômetros de distância. Uma funcionária da fábrica de embalagens Pirâmide, que fica no número 55 da mesma rua, contou ao UOL Notícias que estava almoçando em um restaurante a cerca de 1 quilômetro do local no momento da explosão e mesmo assim sentiu os tremores. "Foi horrível, todo mundo entrou em pânico e pensou que tinha caído um avião", lembrou.

Ela disse que não consegui chegar perto do local, porque as ruas da região estão interditadas. "Há muito tumulto", descreveu.

Local vendia pipas e rojões
Outra que presenciou o impacto foi Josenilda Brito da Costa, que mora a três quarteirões do local da explosão. Ela e o marido estavam em casa, quando ouviram uma série de explosões e sentiram fortes tremores.

"Foi assustador. A explosão e os tremores foram muito fortes. Era como se estivessem estourando vários fogos de artifício ao mesmo tempo", contou.

Segunda ela, no local funcionava uma pequena loja que vendia pipas e rojões. "Nunca imaginei que ali era uma fábrica de fogos", disse.

Um dos feridos na explosão seria o dono da mecânica vizinha à fábrica, conhecido como Wagner. Segundo o dono da empresa de filtros Gradial, Almedir Botelho, que fica em frente à fábrica de fogos, o mecânico estava sozinho no momento da explosão e foi para o hospital apenas com ferimentos leves.

O empresário contou que o carro que é visto no local da explosão estava em um elevador dentro da mecânica e foi arremessado. Segundo ele, as casas da região foram destelhadas e os vidros do salão de beleza próximo à loja estouraram. Botelho também confirmou que no local funcionava uma loja de pipas, chamada Pipas e Companhia.

O jovem Eric, de 14 anos, estava na escola, nas proximidade do local da explosão, quando ouviu o estrondo. "Ouvi todo mundo gritando e corri para ver o que tinha acontecido. Vi que era perto da loja do meu pai. Corri até lá e vi muita gente na rua, mas estava tudo bem com ele (pai)". O menino disse ainda que costumava ir sempre à loja onde ocorreu a explosão comprar bombinhas e que eles vendiam pipas e artigos de fogos artifício.

Já o tatuador Thiago Montanari, 25, é morador de uma casa vizinha à loja. Emocionado e com ferimentos leves, ele contou à reportagem do UOL Notícias que sua casa ficou parcialmente destruída após as explosões. "Meu quarto está intacto, mas a cozinha ficou completamente destruída", disse.

O jovem explicou ainda que não sabe para onde vai agora. "Não tenho para onde ir", explicou, acrescentando que não foi procurado por ninguém da prefeitura. Ele morava no local com familiares.

Montanari afirmou também que o estabelecimento que explodiu vendia, no começo, apenas pipas e rabiolas. Há cerca de dez anos, o proprietário, cujo primeiro nome seria Sandro, passou a vender e a estocar também fogos de artifício. "Tinha um quartinho lotado de fogos ali", disse.

O prefeito de Santo André, Aidan Ravin, confirmou que o estabelecimento tinha alvará de loja e funcionava corretamente, comercializando fogos e pipas, desde 1996. Mas, segundo os bombeiros, há indícios de que havia fabricação de fogos nos fundos da loja, o que é irregular. "Pelo cheiro e pela pólvora acumulada em recipientes no local achamos que havia fabricação, provavelmente de buscapés, bombinhas e varetas", falou o tenente Palumbo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/09/24/ult5772u5459.jhtm

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