Quais são os principais perigos à saúde associados à inalação do Cloro?
O cloro é um grave irritante do nariz , garganta e trato respiratório superior. As pessoas expostas ao cloro, mesmo por curto período de tempo, podem desenvolver uma
tolerância ao seu odor e às suas propriedades irritantes. Em geral, os voluntários
submetidos às exposições apresentaram irritação no nariz, leve tosse e aumento do
ressecamento da garganta, com concentrações variando de 0,02 a 2 ppm. Concentrações
de 1 a 2 ppm produziram irritação significativa e tosse, leve dificuldade eespiratória e dor de cabeça. Concentrações de 1 a 4 ppm são consideradas intoleráveis. Danos graves ao trato respiratório, incluindo bronquite e edema pulmonar (um potencial acúmulo de fluidos nos pulmões), foram observados mesmo após breves e baixas exposições (estimadas entre 15 a 60 ppm). O desenvolvimento de edema pulmonar pode ocorrer imediatamente ou aparecer tardiamente até 48 horas após a exposição. Numerosos casos de exposição ao cloro foram relatados, mas os níveis reais de exposição não foram bem documentados. Os sintomas observados em casos não-fatais incluem: dificuldade respiratória, tosse, saliva com presença de sangue, dores no peito, coloração azulada da pele, forte dores de cabeça, náuseas, vômitos e desmaios. Mesmo as pessoas submetidas graves exposições apresentaram recuperação completa, normalmente dentro de uma semana a um mês, dependendo da extensão da lesão no trato respiratório e pulmões. No entanto, desordens de longo prazo, do sistema respiratório e pulmões foram observadas após curtos períodos de severas exposições ao cloro.
Um dos transtornos observados é a chamada síndrome de disfunção reativa das vias
aéreas. Nessas condições, sintomas como o da asma, bem como aumento da reatividade
das vias aéreas, foram observados. Em outros casos, redução permanente da função
pulmonar foi observada. Não é possível tirar conclusões definitivas a partir de um
estudo limitado que mostrou os efeitos neurológicos (ex. perda de equilíbrio e
habilidades na fala ) em 7 pessoas submetidas a altos níveis e curtos períodos de
exposição ao cloro. Indivíduos com transtornos pulmonares pré-existentes (por exemplo, asma) são mais sensíveis aos efeitos irritantes do cloro.
O que acontece quando o Cloro entra em contato com a pele?
O contato direto com o gás liquefeito que escapa do cilindro pressurizado pode causar
geladura. Os sintomas de leve geladura incluem entorpecimento, ardência e comichão
na área afetada. Sintomas mais graves de geladura incluem: sensação de ardor e rigidez da área afetada. A pele pode se apresentar em tons branco “como cera” ou amarelo.
Feridas, morte do tecido e gangrena podem também desenvolver-se nos casos mais
graves. Além disso, os gases atmosféricos podem irritar e queimar a pele. Um relato
específico descreveu queimaduras faciais em vítimas expostas a altas concentrações de
cloro gasoso. No entanto, as concentrações de cloro que causam efeitos na pele são,
com certeza, mais nocivas ao sistema respiratório.
O cloro pode ferir meus olhos?
O cloro é um grave irritante aos olhos. Ardor, sensação de queimação, piscadas rápidas, vermelhidão e lacrimejamento foram observadas em concentrações de 1 ppm e
superiores. O contato direto com o gás liquefeito que escapa do cilindro sob alta pressão pode causar geladura. Queimaduras e danos permanentes, incluindo cegueira podem resultar deste contato.
O que acontece se o cloro é acidentalmente ingerido (entra no sistema digestivo)?
A ingestão não é via de exposição que se aplique a gases.
Quais são os efeitos decorrentes da exposição prolongada ao cloro?
INALAÇÃO: Apesar das limitações de concepção, o pequeno número de estudos
realizados em população humana não mostrou efeitos significativos no sistema
respiratório dos trabalhadores expostos a longos períodos de exposições a níveis baixos de cloro (normalmente menos de 1 ppm). Um estudo analisou 332 trabalhadores
expostos concentrações médias ponderadas ao longo do tempo ( TWA) entre 0,006 e
1,42 ppm (média de 0,15 ppm) para uma média de 10,9 anos. Não houve relação entre a
exposição ao cloro e a ocorrência de constipações, dificuldades respiratórias, batimento cardíaco anormal, ou dor no peito. Efeitos significativos sobre a função pulmonar não foram observados. Trabalhadores que lidam diretamente com o cloro apresentaram uma maior incidência de cáries dentária (com base na história clínica), mas estes dados não foram verificados mediante exames físicos.
Outros estudos acompanharam trabalhadores que foram submetidos a uma ou mais
exposições ao cloro, as quais produziram efeitos à saúde de curta duração. Estes estudos tendem a mostrar disfunções pulmonares de curta duração e condições como o aumento de atividade das vias aéreas (Disfunção Reativa das Vias Aéreas).
O Cloro causará cancer?
Não existem relatos em seres humanos. Carcinogenicidade não foi observada em um
único estudo disponível com animais.
O Cloro pode causar algum problema ao meu sistema reprodutivo?
Não existem informações disponíveis em seres humanos ou animais
O cloro pode trazer conseqüências ao feto/bebê em gestação?
Um estudo específico relatou que as mulheres grávidas expostas ao cloro em seus
ambientes de trabalho tiveram gravidez normal. Informações detalhadas deste estudo
não estão disponíveis para avaliação. Não é possível tirar conclusões a partir de um
estudo em animais que apresenta limitações em sua concepção.
O cloro pode agir em sinergia com outras substâncias (Os efeitos de uma exposição na qual existe associação de cloro com outra substância química serão maiores do que os efeitos decorrentes de uma exposição a cada substância separadamente)?
Não existem informações disponíveis.
Existe a possibilidade de aumento ou acúmulo de cloro no corpo?
A maneira mais comum de exposição ao cloro é por inalação. Devido a sua solubilidade
e alta reatividade, o cloro é principalmente absorvido pelo, e afeta, o trato respiratório superior. Em concentrações elevadas, pode penetrar o sistema respiratório mais profundamente, afetando as vias respiratórias e pulmões. O Cloro reage com a água e tecidos para formar os ácido hipocloroso e ácido clorídrico corrosivos
domingo, 8 de novembro de 2009
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