sexta-feira, 22 de maio de 2009

ESTRESSE OCUPACIONAL

Segundo JOHNSON e INDVIK (1996), estresse ocupacional “é a condição mental e física que afeta a produtividade, a eficácia, a saúde pessoal e a qualidade do trabalho”. Refere-se às “ situações em que o trabalhador percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador para suas necessidades de realização pessoal e profissional e/ou a sua saúde física ou mental, prejudicando a interação desta com o trabalho e com o ambiente de trabalho na medida em que este ambiente contém demandas excessivas a ela ou que ela não dispõe de recursos adequados para enfrentar tais situações” FRANÇA E RODRIGUES (1996),
As causas mais comuns do estresse são insegurança no trabalho, competição exacerbada, sensação de insuficiência profissional, falta de perspectiva de crescimento, monotonia, tarefas repetitivas ou desinteressantes, frustrações, desavenças, conflitos, liderança autoritária, execução de tarefas sobre pressão, desconhecimento do processo de avaliação de desempenho e de promoção, carência de autoridade e orientação, excesso de trabalho, tarefas realizadas em condições inadequadas e interferência do trabalho na vida particular do trabalhador.
Os sinais sugestivos de estresse ocupacional excessivo podem ser identificados em três níveis: (1) indivíduos: queda da eficiência, ausências repetidas, insegurança nas decisões, protelação na tomada de decisão, sobrecarga voluntária de trabalho, uso abusivo de medicamentos, irritabilidade constante, explosão emocional fácil, grande nível de tensão, sentimentos de frustração, sentimentos de onipotência, desconfiança, eclosão ou agravamento de doenças, alcoolismo e desconfiança; (2) grupos: competição não saudável, politicagem, comportamento hostil com os colegas, comentários maldosos, pouca contribuição ao trabalho, trabalho isolado dos membros, não-compartilhamento de problemas comuns, alto nível de insegurança, grande dependência do líder, aumento das condutas de risco e (3) organização: greves, atrasos constantes nos prazos, ociosidade/sabotagem e absenteísmo, redução da produtividade e na qualidade do trabalho, alta rotatividade de funcionários, altas taxas de doenças, baixo nível de esforço, vínculos empobrecidos, relacionamento entre os funcionários caracterizados por: rivalidade, desconfiança, desrespeito, desqualificação.
Em si o estresse ocupacional não é reconhecido como Doença Ocupacional ou do Trabalho, mas é um dos grandes causadores das doenças que mais provocam afastamento do trabalho, tais como: doenças cardiovasculares, hipertensão, afecções músculo esqueléticas, úlcera péptica, doenças inflamatórias intestinais, desordens da coluna, ombro e pescoço, absenteísmo, cefaléia, problemas gástricos, desordens do sono, irritabilidade, perda de concentração, L.E.R/D.O.R.T, baixa resistência imunológica, etc. Causa também exaustão física, falta de atenção e deficiência de concentração, sendo um dos maiores responsáveis por acidentes de trabalho por distração ou fadiga.
Se não bastasse, acarreta anualmente US$ 26 bilhões em despesas médicas e pagamentos por incapacitações e US$ 95 bilhões em perda de produtividade/ano. Mais de 50% de dias improdutivos de trabalho são devido ao estresse, que impede cerca de 1 milhão de pessoas a comparecer ao trabalho diariamente. Gastos com a saúde do trabalhador e 50% maior para aqueles que sofrem com altos níveis de estresse. 40% das demissões são devidos a esse mal.

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