sexta-feira, 22 de maio de 2009

ESTRESSE

O Estresse, ou Síndrome da Adaptação Geral, é a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo que procura se adaptar e se ajustar às pressões internas e/ou externas do seu dia-a-dia.
Quando o indivíduo reage às mudanças, adaptando-se de forma positiva à pressão, está sob efeito do bom estresse ou o “eustress”. Porém, se as mudanças forem de ordem muito intensa ou demasiadamente prolongadas, poderão causar o mau estresse ou “distress”, pois ultrapassaram os limites de suportabilidade, levando o organismo a adoecer.
É um processo, e não uma reação única, pois a partir do momento que uma pessoa é submetida a uma fonte de estresse, um longo processo bioquímico se instala, identificando-se três fases distintas:
A Reação de Alarme é primeira fase do processo, ocorre imediatamente quando o indivíduo se depara com o agente estressor. O organismo entra em alerta de defesa e se prepara para o que Cannon designou, em 1930 como “fuga ou para a luta”, fundamental para a preservação da integridade. A produtividade aumenta e se a pessoa souber administrar o estresse, a tensão pode ser usada a seu favor, pela motivação, entusiasmo e energia que produz. Em situações de curta duração, rapidamente é reencontrado o equilíbrio, pendendo para patologia se a reação do organismo for excessiva ou desnecessária.
A Resistência se instala quando o indivíduo a exposição do indivíduo ao agente agressor excede ao período da Reação de Alarme. Nesta fase o organismo utiliza toda sua energia adaptativa em prol do reequilibrio. Quando consegue, os sintomas iniciais desaparecem e a pessoa tem a impressão que está melhor. Um sintoma psicológico freqüente é a sensação de desgaste sem causa, e dificuldades com a memória. No nível fisiológico, as supra-renais diminuem a produção de adrenalina e produzem mais corticosteróides. O processo encerra neste estágio se o agente estressor for eliminado ou se o indivíduo utilizar técnicas de controle para se reequilibrar.
O último estágio, Esgotamento ou Exaustão, ocorre se o indivíduo for incapaz de se reequilibrar diante da pressão do agente estressor, ou se vários agentes estressores atuarem juntos. As doenças ocorrem com mais freqüência, tanto na área psicológica (depressão, ansiedade, impossibilidade de tomar decisões, vontade de fugir de tudo, etc) quanto na área física (hipertensão arterial, úlceras gástricas, retração de gengivas, psoríase, vitiligo, diabete, etc), podendo correr até a morte. O estresse não é o agente patogênico, mas enfraquece o organismo de tal maneira que essas doenças programadas geneticamente, se manifestam devido à exaustão (LIPP, 1995).
Os principais sinais físicos de que o estresse está fora de controle, ou se aproxima do desequilíbrio são: aumento da freqüência cardíaca, palidez, tensão muscular, alterações digestivas, alteração do sono e da função sexual.
As evidências psicológicas se traduzem por: mau humor, tendência para o autoritarismo, sensação de perseguição, introspecção e isolamento, queda da eficiência, irritabilidade, desmotivação, queda da capacidade e de concentração e organização, depressão, sensação de incompetência e aumento do consumo de cigarro, álcool ou drogas.

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