quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ASPECTOS ERGONÔMICOS CAUSAM ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO DE CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA - Parte 4 Postura e Alcance

A postura é um dos fatores fundamentais a se considerar no estudo do mobiliário do Posto de Trabalho, pois além de determinar o mobiliário, por si pode causar lesão e doença laboral.
A postura de trabalho é adotada em função da atividade desenvolvida, da exigência da tarefa (visuais, emprego de forças, precisão dos movimentos etc.), dos espaços de trabalho, da ligação do trabalhador com máquinas e equipamentos de trabalho como, por exemplo, o acionamento de comandos.
De modo geral as principais posturas ocupacionais são: sentado, em pé e deitado.


Postura em pé

Em pé é a mais fatigante, especialmente quando exige trabalho estático. A deitada, apesar de ser a ideal para descanso e eliminação dos resíduos que provocam fadiga, quando é assumida para realizar algum trabalho pode ser tornar extremamente fatigante, sobretudo para a musculatura do pescoço. A sentada é a mais confortável das posturas, mas pode se tornar fatigante quando dá pouca margem de movimentação, pois qualquer postura desde que mantida prolongadamente é mal tolerada, a imobilidade postural prejudica a nutrição dos discos intervertebrais, favorecendo a degeneração dos mesmos.


Postura Sentada

Constantemente projetos inadequados de máquinas, assentos ou bancadas de trabalho obrigam o trabalhador a usar postura inadequada.
A mudança da postura durante o trabalho é importante para a saúde do trabalhador, pois possibilita redução da carga estática, variação de esforço nas articulações e músculos, além de permitir que os músculos recebam seus nutrientes e não fiquem fadigados.
O tempo de manutenção de uma mesma postura deve ser o mais breve possível, devendo ser considerado para tanto o tempo unitário de manutenção (sem possibilidade de modificações) e o tempo total de manutenção diária. A alternância postural deve sempre ficar à livre escolha do trabalhador. Ele é quem vai saber, diante da exigência momentânea da tarefa, se é melhor a posição sentada ou em pé.

LIMITES DE ALCANCE



No estudo do posto de trabalho a distribuição espacial dos materiais em geral é fundamental para o conforto do trabalhador.
Esta distribuição espacial se chama Espaço de Alcance, que é o espaço usado durante o trabalho para manuseio dos controles, máquinas, ferramentas, etc.
Para os braços há o Alcance Horizontal e Vertical, que se subdividem em ótimo e máximo.
Alcance horizontal é a medida alcançada pelo homem ao esticar os braços a frente do corpo sem precisar se inclinar para frente. O ótimo é o espaço existente dentro da área formada ao levantar os braços na altura dos ombros, dobrar em ângulo de 90º e girar à frente do corpo. Nele devem ser colocados os objetos, peças e equipamentos de uso constante. O máximo é aquele atingido quando os braços, levantados à altura do ombro e esticados horizontalmente, são girados à frente do corpo. Nele devem ser dispostos os objetos, peças e equipamentos de uso menos freqüente que os dispostos no alcance ótimo.
Alcance Vertical é o espaço alcançado ao erguer os braços acima da linha do ombro, sem flexioná-lo, sendo o máximo obtido ao dobrar as mãos como se tocando uma prateleira. Fig 13 – Alcance vertical
A área ótima de trabalho, ou seja, aquela mais indicada para trabalhar e realizar tarefas que exigem maior precisão, é uma junção dos alcances horizontal e vertical, encontrada da seguinte maneira: com os braços estendidos ao longo do corpo, dobra-os em ângulo de 90º. O espaço então compreendido entre os dois braços é a área ótima de trabalho.


POSTURA

Quanto às pernas não há alcance horizontal e vertical, mas apenas alcance ótimo e máximo. O ótimo é aquele alcançado pelos pés com as pernas esticadas na vertical, sem flexionar o corpo. O máximo é aquele embaixo dos pés com as pernas esticadas à frente do corpo, sem a necessidade de flexionar joelho ou pernas.

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